WWF-Brasil lança estudo sobre gestão integrada de áreas protegidas Data: 22 setembro, 2015

O WWF-Brasil lançou no dia 22 de setembro, no VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação – CBUC, em Curitiba (PR), o estudo Gestão Integrada de Áreas Protegidas: uma análise da efetividade de mosaicos. A publicação retoma o debate sobre a importância da abordagem regional na gestão de unidades de conservação.

O estudo traz os resultados de um levantamento feito em quatro mosaicos: o da Amazônia Meridional e do  Baixo Rio Negro (Amazônia); Sertão Veredas-Peruaçu (Cerrado) e Central Fluminense (Mata Atlântica). Juntos, esses mosaicos somam cerca de 16,5 milhões de hectares de áreas protegidas. Elas guardam porções significativas da biodiversidade e garantem serviços ecossistêmicos fundamentais. O fornecimento de água e o equilíbrio climático são apenas alguns deles.

Os mosaicos de áreas protegidas foram reconhecidos pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação – Snuc como instrumentos de gestão e ordenamento territorial que têm finalidade a conservação da biodiversidade por meio da integração entre as unidades de conservação e demais áreas protegidas de um determinado território.

“Trata-se de uma abordagem que pode ser bem sucedida, desde que haja recursos humanos e financeiros para sustentar essa estratégia de atuação ao longo do tempo e que ela esteja internalizada nas políticas públicas de conservação ambiental”, explica Mauro Armelin, superintendente de Conservação do WWF-Brasil.

Segundo ele, o estudo indica que, se forem feitos investimentos para manter a estrutura operacional e assegurar o financiamento dos planos estratégicos de atuação, mais eficientes serão os mosaicos em cumprir seu papel como instância gestora de territórios.

Muito mais do que comprovar algo que poderia parecer óbvio em uma análise mais superficial, o estudo tem o mérito de ser o primeiro a ser realizado no país com o objetivo de avaliar a efetividade dos mosaicos, trazendo os principais desafios e orientações para melhoria desse instrumento de gestão territorial.

“É evidente que a abordagem metodológica utilizada pode ser ampliada, mas desde já, ela contempla importantes aspectos ligados à governança, gestão, sociodiversidade e biodiversidade, refletindo as percepções pessoais e institucionais dos conselheiros dos mosaicos avaliados, o que confere certo viés de subjetividade, mas que em nada desmerece o estudo”, esclarece Armelin.

Estratégia promissora
O Brasil conta com cerca de 20 mosaicos de áreas protegidas, que incluem praticamente todas as modalidades de UCs previstas no Snuc, além de Terras Indígenas. “É ainda um universo a ser explorado do ponto de vista da pesquisa, e, certamente, novas revelações irão advir de futuros estudos, comenta representante do WWF-Brasil.

No entanto, o que temos em mãos no momento já é capaz de dar musculatura teórica para um tema que tem ficado à parte das estratégias de gestão de áreas protegidas no país, mas que mostra-se atual e, mais do que isso, necessário para uma ação integrada para a proteção de áreas naturais.

                                                Veja aqui

 informações : WWF-Brasil | Foto cabeçalho: Mosaico Sertão Veredas Peruaçu – © Bento Viana/WWF-Brasil

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