Peru declara estado de emergência por contaminação por mercúrio na Amazônia

O Peru declarou estado de emergência em 11 distritos da região amazônica de Madre de Dios (sudeste), ao detectar níveis de mercúrio acima do permitido na população – conforme publicação no Diário Oficial.

A alteração nos níveis desse elemento decorre da intensa atividade mineira artesanal na zona, que também destrói rios e solos.

Segundo relatório apresentado ao governo por autoridades ambientais, foi detectada a "contaminação por mercúrio nas águas dos rios, em espécies hidrobiológicas e na população, com níveis superiores aos limites máximos permitidos".


Área desmatada ilegalmente para mineração na região peruana de Marde de Dios



Diferentes etnias do departamento de Madre de Dios apresentam altos níveis de mercúrio no organismo, "o que acarreta problemas de saúde sérios, crônicos e complexos – particularmente em crianças e grávidas", diz o relatório.

O texto acrescenta ainda que o problema é consequência de "práticas inadequadas utilizadas pela mineração ilegal e informal durante a extração e o beneficiamento do ouro aluvial".

A contaminação também está no ar e em peixes, principalmente nos da espécie piracatinga (Calophysus macropterus), parte da dieta habitual da população de Madre de Dios.

"Recomendamos que não se consuma essa espécie", disse em coletiva de imprensa o ministro do Ambiente, Manuel Pulgar-Vidal.

"A consequência da atividade mineira em Madre de Dios vai nos acompanhar pelos próximos 80 anos, e isso deve ser combatido na raiz", ressaltou o ministro.

"Declarar o estado de emergência implica em ações de saúde, hospitais móveis, levar alimentos como peixes não contaminados, entre outras coisas", completou.

Há outros locais afetados na Amazônia peruana. Em março passado, foi registrado que membros da etnia nahua, que habitam a comunidade nativa Santa Rosa de Serjali, em Ucayali (sudeste), também apresentavam mercúrio no organismo.

A presença de mercúrio no sangue pode afetar órgãos vitais, como pulmões e rins. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o elemento está entre os dez mais problemáticos para a saúde.

 

Muito se fala sobre os efeitos do desmatamento da Amazônia sobre o ecossistema ou o clima como um todo, mas pouco se sabe sobre o impacto em espécies específicas. Um estudo internacional, divulgado pela revista Science Advances, projeta que pelo menos 36% e até 57% de todas espécies de árvores da Amazônia devem estar ameaçadas, em um alerta para o futuro da natureza.

A agricultura e a pecuária são alguns dos vilões que ameaçam as árvores da Amazônia. Há os casos de desmatamento para a criação de gado e para a criação de plantações, e há, ainda, o caso do desmatamento para venda de árvores que é "justificado" com a ocupação da terra por essas atividades (pecuária e agricultura). "Se é inevitável o desmatamento por razões econômicas e para produzir alimentos, que seja o mais planejado possível", afirma Hans ter Steege, um dos pesquisadores. Segundo ele, um caminho seria usar para a agricultura apenas as áreas que já foram desmatadas.

Outro vilão é o fogo. As queimadas, como esta da foto, estão entre as principais razões para o desmatamento de florestas no mundo. A situação não é diferente na Amazônia, onde é natural queimar árvores para "preparar a terra" para a agricultura e outras atividades. Elas podem causar incêndios de grandes proporções, além de poluir o ar.

Outra dificuldade para evitar a perda de árvores é o monitoramento. Todos os países que possuem a Floresta Amazônica enfrentam as mesmas dificuldades: área muito grande e número pequeno de agentes de fiscalização. O primeiro passo para proteger as árvores, de acordo com o pesquisador Hans ter Steege, é parar qualquer atividade ilegal, seja a extração de madeira, mineração ou pecuária. Nesta foto, é possível ver as árvores do norte do Suriname em uma área com concentração de bauxita e atividade de mineração.

As construções na região da Floresta também são questionadas. Algumas regiões na Amazônia foram inundadas por causa da construção de hidrelétricas, o que prejudica espécies de árvores. A foto, divulgada pelo estudo, mostra uma área que foi inundada recentemente e já teve a flora prejudicada.

Outra ação do homem que deixa as árvores em risco é o corte ilegal de árvores feito por grileiros ou pelas madeireiras. Steege e seus colegas colheram dados na Amazônia de 2009 a 2013 e chegaram à estimativa de que há cerca de 15 mil espécies diferentes de árvores na região, sendo que mais da metade está em risco.

 

 

Fonte: UOL  notícias

 

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